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22 de fev. de 2010

Ser Pai.


Ser Pai é:

Sentar para ouvir, seja o que for.
Ignorar o choro persuasivo.
Abraçar sem motivos.
Beijar de surpresa.
“Cheirar!”
Pagar mico.
Brincar sem restrições ou preconceitos.
Falar na mesma linguagem.
Repreender quando necessário.
Rir muito.
Tomar sorvete.
Brincar de boneca/carrinho.
Pedir sempre com um “por favor” e “obrigado”.
Estabelecer normas mínimas.
Assistir desenho.
Fazer piada de si mesmo (nunca do outro).
Fazer dormir.
Fazer acordar.
Tratar com carinho.
Tratar com respeito.
Garantir o espaço.
Garantir o alimento.
Proteger com os braços e com as orações.
Ensinar princípios com atos ao invés de palavras.
Mostrar na prática.
Lagar tudo um dia para apenas ficar junto.
Entender os problemas como se fossem seus e nunca diminuí-los como se não fossem nada.
Mostrar que a vida é bela mas também é dura.
Falar de Deus como se Deus estivesse falando de si mesmo.
Fazer desenho na areia.
Molhar os pés na água.
Tentar ser a pessoa mais importante da sua vida.
Entender caso não seja amado como gostaria, mas nunca desistir de tentar outra vez...


...e essa lista, creio que não tenha fim, eu sou pai, eu sei.


for Karina Angela (Koquinho).

1 de fev. de 2010

Salmo 121.


Ói os zói para os monti
de onde há de vir o meu socorro?

porque num tá fácil
tá difícil de viver
me contorço feito elástico
a situação é de doer


pois essa vida de amargura
num dá chance nem perdão
ela bate e me machuca
como sofre o coração

pois a fome é muito forte
já não tenho mais vigor
só me resta a própria morte
pois já se foi todo o amor


num guento mais oiá
quanta criança aqui sofrendo
num sei como ajudá
já se foi o meu alento

ouvi dizer um certa veiz
de um certo camponeis
que é filho de uma pai
cuja própria terra feiz

agora sei toda a história
de um homem que é rei
ele feiz tanto milagre
por onde anda eu num sei

ah, o socorro há de vir
é do Sinhô a esperança
nossa boca há de rir
como faiz uma criança

meu socorro vem do Sinhô
que a terra feiz e o céu também
Ele vem com tando amor
lá dos monti e além


o socorro vem do Sinhô
que num dorme e nem cochila
Ele te guarda ele te olha
te observa lá de cima

nem o sol e nem a lua
mal algum a ti farão
nem o perigo nem o medo
nem o vir e o porvir
nem a noite nem o dia
nem a morte nem a vida

o Sinhô é tua sorte
tua alegria de viver
Ele, é o teu norte
faz o teu sol amanhecer

Ói os zói para os monti
de onde há de vir o meu socorro?

eu seu muito bem de onde
é do Sinhô que a terra feiz
Ele firma os meus passos
e me salva de uma veiz!