Quando pensamos em liturgia logo o que vem a mente é uma espécie de roteiro já quase pronto ou previamente estabelecido, na real, quando você pensa em fazer uma programação de jovens e/ou adolescentes algumas primícias são consideradas: Qual o tema? Quem vai tocar? Quem vai pregar? Teremos cantina? E quem vai tomar conta? Teremos espaço (de tempo) suficiente para as igrejas convidadas e para o pregador? Esse entre outros detalhes são considerados e quando chega o dia da programação e agora? Quem dirige a programação? Qual a ordem?
Quando surgem essas perguntas a grande maioria têm alguns pontos quase que tradicionais:
· -O líder de jovens dirige.
· -Começamos com uma leitura bíblica e oração.
· -Logo chamamos a igreja local para cantar algumas músicas.
· -Damos espaço para as igrejas visitantes ou oportunidade para alguém da igreja visitante falar algo, alguma saudação talvez.
· -Deixamos a mensagem para o final.
· -Cantamos outra música para acabar.
· -Oramos e avisamos que tem cantina.
Devo lembrar que isso tudo se aplica a média, ou seja, considerando todos os programas de jovens que conhecemos se fizermos um levantamento, a maioria se encaixa nessa situação, deixo claro que não há erros nesse modelo, mas é necessário considerar alguns aspectos dele, e por outro lado, temos a galera que tenta diferenciar o modelo ou mesmo modernizar o processo litúrgico de suas programações tendo bom êxito.
Considero o processo litúrgico de fundamental importância para que seja possível anunciar a mensagem do evangelho de forma clara e objetiva, tanto para visitantes quanto para os membros da igreja ou grupo de jovens e adolescentes.
Olhe que não estou colocando a Liturgia acima da mensagem ou das músicas, mas que ela completa a engrenagem que movimenta o mecanismo de divulgação do evangelho.
Vamos dar algumas dicas de como poderia ser a programação de jovens e/ou adolescentes de sua igreja.
Dica essencial: O dirigente do culto é o MC (Mestre de Cerimônia), ele deve ser alguém com facilidade para falar em público e que saiba improvisar caso seja necessário, o MC é o que faz as ligações de todos os momentos do programa, ele deve estar ligado em tudo e fazer a ligação de forma espontânea e natural.
Dica essencial: Em todos os modelos pode-se mudar a posição das cadeiras, verifique novas configurações para que o público fique mais à vontade possível.
1ª dica: Culto de jovens com participação de igrejas visitantes:
Comece com oração e logo após com música, podem ser 2 ou 3 músicas, logo após já passe para o momento da pregação, depois disso faça a divisão para participação das igrejas visitantes.
Esse modelo funciona bem pois normalmente quando se tem muitas igrejas para participar, seja com cânticos ou dança, o pessoal que fica na plateia precisa ficar levantando e sentando por diversas vezes e pode ser que as músicas apresentadas fiquem muita diferentes quanto á emoção musical: músicas agitas e músicas mais calmas não deixando claro o “clima” que antecede a mensagem e tudo isso pode deixar o programa cansativo.
Quando temos um único grupo no começo ele determina as músicas e sabe exatamente como será passado o “clima” para o momento da mensagem, dessa forma priorizamos o objetivo sem deixar de lado a participação das igrejas convidadas, e isso evita que algum grupo visitante faça sua parte (cante) e depois vá embora sem participar da mensagem.
2ª Dica: Culto de jovens com banda única:
Esse modelo pode seguir exatamente o anterior, mas pode-se fazer de outro jeito.
Comece com oração, use um fundo musical com um tom alegre, esse fundo musical vai estar presente em quase todos os momentos da programação, ele serve para cobrir os “espaços” deixados pelo dirigente, sabe aquele momento em que o dirigente bebe água ou aguarda o pessoal da banda se arrumar, então, o fundo musical faz o papel de preencher esses espaços, funciona exatamente como um programa de rádio onde não há silencio em nenhum momento.
Nesse modelo pode-se começar com música, 1 ou 2, logo após você pode acrescentar alguns itens para integração com a galera (isso com o pessoal de música na mesma posição): Entrevista com alguém da plateia ou alguém conhecido que esteja presente (Pastor, líder de jovens), jogos de improviso, dinâmica para que a galera possa se conhecer.
Depois pode tocar mais 2 ou 3 músicas e logo após a mensagem, termina com música.
3ª dica: Programa com intervalo.
Esse modelo só fica bom quando a cantina é “boca livre”.
Começa com música, 1 ou 2, logo após vem a mensagem, depois da mensagem tem um intervalo com lanche para a galera toda, assim eles podem se conhecer, trocar ideias, falar sobre a mensagem, depois volta a programação somente com música e você pode acrescentar entre uma música e outra: Entrevista com alguém da plateia, jogos de improviso, etc.
4ª dica: MOBITV
Programa tipo de auditório para interação e entretenimento do público.
Nesse modelo as cadeiras ficam em semicírculo, o ideal são dois grupos de cadeiras voltadas para o centro do salão ou local de culto.
O apresentador ou apresentadores ficam no meio do público. O conteúdo é totalmente interativo, é necessária uma banda com pelo menos bateria\baixo\guitarra\1vocal, a banda faz o fundo musical entre um jogo e outro e também cantar músicas com a galera toda.
O conteúdo pode ser organizado de forma que se tenham jogos de improviso, entrevistas, músicas, mensagem, tudo de forma muito rápida o objetiva.
São necessários alguns “atores” principais para realizarem os jogos, alguns desses atores podem ser do próprio auditório. No mínimo 3 no máximo 4 atores.
Alguns jogos que podem ser usados: Troca, Transforma, A plateia faz o som, Só perguntas, Entrevista coletiva, Dublagem, Tri-repórter, Frases e muitos outros*
Essa dica é uma das mais difíceis de fazer mas o resultado fica muito bom, se você quiser pode contatar e equipe MOBI que realizar em sua igreja(rs).
*Os jogos de improviso são baseados nos vídeos no Youtube do Improvável e também no programa “É tudo improviso” da BAND.